Mário Carmelo (Professor Mestrando em Ciências da Religião e babalorixá)
Data: 12/11/07
Local: Sindicato dos Servidores Municipais de Goiana.
Cuca Livre: O que é Candomblé? Conceitue:
Carmelo: O candomblé é uma religião que tem suas bases na mãe África, a África entendida como Continente e não como se fosse um elemento não diversificado. Na verdade, ela é um Continente, constituído de diversos países e nações e nem toda a África contém a religião candomblé, é bom que se diga isso, até por conta do avanço do Cristianismo e do Islamismo lá, mas ainda assim existe o culto aos orixás. Então, baseado nesse culto aos orixás, trazido pelos negros e pelas negras que vieram ao Brasil como escravos, eles trouxeram também os seus fundamentos religiosos e suas crenças. Aqui, na impossibilidade de poder praticar a sua religião, unificaram todos os cultos de orixá que na África eram regionais. Vamos tomar como exemplo: em Goiana digamos que se prestasse homenagem para o orixá Iemanjá,
Eu vou ter que fazer uma abordagem: para o povo Yorubá, conhecido aqui no Brasil como povo ou nação Nagô, que é um povo monoteísta, ao contrário do que dizem, o Deus nosso se chama Olodumare.
Olodumare corresponde imprecisamente ao deus Jeová dos cristãos, imprecisamente porque ele não é entendido com aquelas características que esse deus Jeová, ou seja, esse Deus que a gente chama de Deus têm. Olodumare, criou os orixás, que são energias da natureza, energias que atuam no mar, no rio, no vento, no raio. Então, são energias, forças da natureza e essas energias atuam aqui na terra. Então, havia o Orum, que imprecisamente a gente pode dizer que é o céu para nós, e o Aiê que é a terra. Em tempos imemoriais o mito Yorubá diz que: entre o Orum (céu) e o Aiê (terra), a linha que dividia era muito tênue e os humanos iam para o Orum, os orixás vinham para Aiê e tudo vivia naquela harmonia. Até que alguém entrou no Orum, no momento que não podia entrar e Orixalá que é o orixá maior, repreendeu, falou que não podia entrar, mas essa pessoa não quis escutar a admoestação e entrou para reivindicar alguma coisa. Então, Orixalá ficou raivoso com aquela atitude do humano e pegou o seu cajado, chamado de Opaxorô e o lançou no Aiê com tanta firmeza, que separou o Aiê do Orum, criando a atmosfera. Daí por diante, nós humanos, só podemos entrar no Orum através da morte e os orixás vem do Orum para o Aiê, através do candomblé por isso existe o Candomblé, por isso existe aquela festa. Candomblé é festa.
Candomblé não é aquele culto como na religião cristã: “minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa” ou a “renovação do sacrifício de Jesus na cruz”. A religião cristã baseia-se muito num Cristo ensangüentado, sofrido e todos tem culpa. No Candomblé não, não têm essa culpabilidade, esse peso, “você é um miserável, você têm que se converter porque se não vai pro inferno”. Não, não têm isso no Candomblé a visão negra é diferente, graças a Deus. Somos diferente nesse aspecto. Então, é naquela festa do candomblé que há um reencontro, dos orixás conosco humanos e mortais, porque houve um dia a separação.
No momento da festa, as pessoas entram em transe, “recebem aquele orixá, e é o encontro do transcendental com o humano e o orixá reconstrói o mito que foi criado em cima dele que na verdade é uma energia da natureza. Então, o Candomblé é isso, é alegria, é a celebração da natureza. Se eu digo que Iemanjá é o mar, se eu digo que Oxum é o rio, que Iansã é o vento, Xangô é o trovão e Oxossi é a mata, nós temos um compromisso muito sério com a preservação da natureza. E nós humanos também somos natureza, esse cuidado também se estende a nós, ao nosso corpo. Enquanto outras religiões proíbem usar preservativos, nós dizemos que têm que usar para evitar um problema maior. Então, o candomblé é uma celebração da natureza, é o reencontro dos orixás com os humanos e é muito bonito, e não é só porque é bonito, é porque o rito é o reviver do mito, e segunda. A Antropologia, toda religião tem isso, a reprodução do mito, do que nos foi dito no livro sagrado, e nós temos também o livro sagrado, não escrito, mas oral, passado de geração em geração.
Cuca Livre: Como se deu sua decisão de aderir ao Candomblé?
Carmelo: Eu inicialmente, nasci como a maioria dos brasileiros numa família católica, e me sentia muito bem no catolicismo, era praticante ferrenho. Eu lia a Bíblia, lia livros de interpretação da Bíblia, conversava com os sacerdotes católicos, com aqueles mais entendido, porque existem aqueles que são medíocres, né? E eu procurava saber, eu achava que era vocacionado, ou seja, que ia ser padre. Então, tive minhas decepções, não com a doutrina católica, mas com as pessoas. Eu era um adolescente, e via que os fieis não tinham aquele compromisso como os protestantes tinham e eu achava o protestantismo errado naquele momento. Mas, o compromisso dos protestantes, não com esse negócio de não fumar e não beber, não era isso. Era o compromisso mesmo com a religião que eu não via no catolicismo. Aí, vi que esse descompromisso não era só dos fieis, mas entre os próprios sacerdotes. Vi padre intrigado de padre, mas na missa diziam que ninguém podia ficar de mal com o outro. Então, o discurso não estava em sintonia com a prática, aí isso me chocou. Isso há em todo lugar, mas na época eu tinha 18 anos, hoje tenho 44, hoje tenho a maturidade que eu não tinha na época para entender essa complexidade. Não me arrependi porque eu fui católico, nem me arrependo onde estou hoje, felizmente não me arrependo de nada disso.
Eu achava bonito, eu tinha atração pela religião africana, sempre achei bonita, sempre quis saber, embora, não acreditasse em nada daquilo. Para mim tudo aquilo era auto-sugestão, mas até que um dia, eu encontrei alguém, aqui na cidade de Goiana, que hoje é falecida, mas a maioria aqui na cidade conheceu Mãe Sunça. E comecei perguntando como era, e ela começou a me responder e eu fui vendo que o que diziam que no senso comum, pois falava muito mal da Umbanda e o Candomblé, eu vi que não era nada daquilo. Mãe Sunça nunca me chamou, até porque a religião Afro-brasileira não é proselitista, não objetiva atrair adeptos através de discursos emocionados como fazem certas igrejas e religiões, e às vezes, nem está em consonância com as práticas, mas tudo bem, é o comercial que eles fazem e no Candomblé não tem isso.
Minha entrada foi essa, e estou até hoje e quero acreditar que só vou sair no dia que partir pra o Orum, para reencontrar com meu orixá Ogum (Risos) eu sou filho de Ogum com muito prazer.
Cuca Livre: Você já sofreu ou sofre preconceitos herdados do sistema patriarcal de colonização do Brasil?
Carmelo: É, quando me fazem essa pergunta eu tenho até vergonha de responder, porque se eu sofri discriminação étnica, eu não percebi. Aí as pessoas sempre acham que porque eu sou afro-descendente, eu devo dizer que já sofri. Se eu tivesse percebido eu diria, ou eu fui muito superior àquilo tudo e o meu consciente apagou, não sei, nunca percebi. Deve ter acontecido, eu não sou diferente dos outros, nem sou privilegiado, deve ter acontecido só que eu passei por cima disso tudo. É o que eu entendo, não sei se a minha resposta, se estou sendo honesto comigo mesmo, mas não me lembro. Agora, quanto à religião, há uma corrente do judaísmo que sacrifica animal, mas não tem problema nenhum porque são judeus, há certas religiões que entram em transe, mas não tem problema nenhum porque são outras religiões; mas quando se trata de Candomblé, que é de origem negra, que foi do escravo, sujo, ladrão, ignorante, tudo quanto não presta é vociferado. A nossa religião não perdeu esse estigma que foi imposto pela visão européia, eurocêntrica, patriarcal, não é? De molestar, macular os negros e as negras escravos. Então, tudo que vinha do negro era ruim, e o Candomblé com era a sua religião não ficou fora disso, ela também é vista dessa forma. Hoje, eu não preciso ficar batendo de porta em porta dizendo: “ – Minha gente, eu sou do candomblé!” não, não há necessidade disso, agora quando me perguntam eu digo: “- Eu sou!”. E às vezes eu nem digo, eu deixo que as pessoas descubram, porque as atitudes falam muito mais fortes do que as palavras. As palavras tem força pela sua importância, mas elas tem o seu momento. Então, as pessoas tem uma coisa: “- Você é católico?” eu digo: “- Sou não, mas eu não preciso dizer que sou do Candomblé, tudo isso depende do momento.
Cuca Livre: Uma concepção presente no senso comum, que é uma das mais altas expressões do preconceito com relação a religião, é a demonização das religiões afro-descendentes e a idéia do poder de maldade. Como você encara essa questão?
Carmelo: O que eu acho interessante é que quem mais fala no diabo e no inferno são os cristãos. Isso é o que o cristianismo diz é que Deus é onipotente, onipresente e onisciente, que está em todo lugar, vê tudo e num sei o quê... Mas, qualquer coisa que eles entendem por errada, o diabo também está lá presente. Então, o diabo também esta em pé de igualdade com Deus? Então o diabo também é onipotente, onipresente e onisciente? Essa é a pergunta que eu faço aos cristãos.
Agora veja bem, como é que falam das religiões de matriz africana? Como é que nós somos cultuadores do demônio se na nossa visão negra não existe diabo? Não existe inferno? Não existe conceito de bem e de mal? Nosso conceito é bem diferente! É um outro universo! O bem e o mal está presente no ser humano independente de religião e essa dicotomia que foi criada pelo Ocidente, possivelmente baseada nas teorias de Santo Agostinho. Foi Santo Agostinho, nos primeiros séculos do cristianismo e ele é considerado o pai do Ocidente, porque foi ele quem deu estrutura, ele quem deu linearidade ao tempo aqui pro Ocidente. Para nós, negros e para as outras culturas, o tempo é circular e não linear. Não é escatológico, não tem aquela idéia de começo meio e fim, e fim trágico com destruição de tudo. Nós não temos essa visão, escatológica, linear e soterológica. Os cristãos tem essa visão de salvação, nós não temos esse conceito de salvação e condenação. Essa dicotomia de bem e mal não se aplica, não se adequa na visão afro-religiosa. Não se aplica porque o cristianismo separou o bem do mal, Santo Agostinho sempre teve esse problema de explicar de onde veio o mal, porque eles dizem que é um só Deus, então esse diabo veio de onde?? E não tem explicação para isso. Isso é um problema que eles cultivam até hoje, dois mil e oito anos de igreja romana e eles ainda cultivam isso. Agora também, porque foi dado essa idéia do mal? – Porque quem não rezasse pela cartilha do catolicismo no período colonial era contra ele. Então, se não era de Deus, era do Diabo e pronto!
Cuca Livre: Teoricamente, as religiões tem uma ética. Qual a ética do Candomblé?
Carmelo: Eu gosto muito de dizer que quando falo disso que é um tema polêmico em que as pessoas não gostam de falar, mas eu falo, que é o sexo. Veja bem, em questão de sexo é outro problema do cristianismo, é um tabu desgraçado. E o sexo, de mal que eu saiba não tem nada. Nossa religião funciona mais ou menos com as outras religiões, mas a questão que eu vou tocar aqui é que por exemplo: na nossa crença, um homem gostar de outro homem, isso não quer dizer nada, não tem nada a ver com isso. Uma mulher gostar de outra mulher, gostar afetivamente, sexualmente, isso pra gente não constitui nenhum problema, até porque, essa questão de pecado, na nossa religião não existe, essa questão do pecado, da culpa, da cultura da culpa é dos cristãos.
Eu tinha um medo desgraçado de morrer quando eu era católico, por causa dessa história do inferno. Há! Deixei de ter medo? – não, o medo é até natural do ser humano, mas eu perdi muito. Porque quando eu morrer, eu sei que eu vou pra qualquer lugar, mas para o inferno eu não vou não, porque eu não acredito nisso. Eu acredito em Olodumare, que criou os orixás, quem criou o mundo não foi Olodumare como no cristianismo
Cuca Livre: Como o Candomblé ver a morte?
Carmelo: A morte é aquela questão, nós vivemos no mundo ocidental judaico-cristão, aí fica complicado. Geralmente, você veio de um ramo ou de outro, do catolicismo ou do protestantismo, você vem com aquele conceito cristão, então, fica difícil de você arrancar de dentro de si essa questão. A morte, ela deveria ser encarada como um segmento, mas a gente a entende como um término. Qualquer coisa que termina, que acaba, não nos faz bem, até porque, nos internalizaram a idéia de eternidade. Se eu sou seu amigo, então eu sou seu amigo para sempre, eu vou na sua casa sempre, então quando eu deixo de ir, alguma coisa está errada e não é assim. O casamento tem que ser eterno, mas que conversa é essa? – É, até enquanto é possível. Nos internalizaram esses conceitos de eternidade e a gente vive com eles. Aí quando a gente se depara com a morte biológica, entendemos que tudo acabou ali, embora que eu entenda que exista outra vida.
Eu faço esse questionamento a mim e a todos os outros religiosos: se a gente, quando sair daqui, vai se encontrar com Deus, qual o problema? Vamos morrer agora? Porque ninguém quer (risos) isso até eu mesmo me questiono. (risos).
Cuca Livre: Você, além de babalorixá, é professor e pesquisador, na sua visão, qual o papel da escola em amainar esses preconceitos?
Carmelo: É, primeiro eu fui babalorixá, depois cursei na Faculdade de Formação de Professores de Goiana, tenho muito prazer em dizer isso, porque tem pessoas que tem vergonha de dizer. Eu estudei em Goiana e com muita satisfação, e amo minha cidade, assim como vocês devem amar a de vocês. Especializei-me em História do Brasil também na cidade de Goiana, foram bons cursos. Hoje, estou estudando o mestrado em Ciências da Religião na Universidade Católica de Pernambuco, e é um curso excelente. Eu estou ampliando horizontes, eu estou aprendendo mais e descobrindo o quanto eu era burro, agora to menos viu? (risos). O que acontece, a escola tem a função de educar e libertar, Paulo Freire diz né? Então, ela tem essa função, toda vez que eu vou a escola falar sobre o assunto da consciência negra, eu digo que muitas vezes a própria escola também é preconceituosa. Quando chega as festas juninas por exemplo, então, fazem aqueles cartazes, as bonecas e os bonecos são todos brancos, não tem um negro sequer. Por que na entrada dos banheiros, a figura de mulher e de homem, o cabelo é liso? Não pode ser negro não?
Por aí você já ver, são pessoas que não acordaram para isso, e não fazem por maldade, mas porque a ideologia é muito forte. O negro não protagoniza as novelas, ele é o empregado ou a empregada, ou é um malfeitor. Ele foi protagonista em Chica da Silva, até porque não tinha como ser branca, principalmente numa determinada rede de televisão que todos conhecem aqui no Brasil.
A escola tem esse papel. Agora foi bom você ter falado nisso, porque no governo Lula, apesar de muitas críticas, tem feito alguma coisa que é interessante pra gente, para a sociedade e sobretudo para o Nordeste.
Lá vai Goiana mais uma vez, Goiana sedia um Curso de Especialização de Pedagogia Afirmativa, ou seja, o Ensino da História da África pela perspectiva negra e não branca.Então Goiana foi a primeira do Brasil a ter um curso no nível da Especialização, formando professores para que na escola ele vá ensinar, ele aborde a História da África em História, em Literatura, em Arte.
Cuca Livre: Você acha que o Brasil está mais próximo de um ecumenismo religioso?
Carmelo: Hoje, o clima e talvez não só no Brasil, eu não posso afirmar lá fora, mas aqui no Brasil, o clima de hoje é aquele clima de ecumenismo, isto é, o respeito entre as religiões. O clima é de democracia, o clima é de pluralidade religiosa. Então, são esses conceitos filosóficos que pairam, que nós respiramos no momento e isso nos leva a crer que num futuro próximo, isso é paulatino, cada vez mais, vai havendo essas aproximações.
A Igreja Católica Romana, perseguiu demais o Candomblé, todo mundo sabe disso e quem fez História principalmente, você fez História e sabe disso. Mais hoje em dia, ela não tem mais condição de fazer e deixou de fazer, não porque seja boa não, é porque não tem mais condições. O contexto Histórico de hoje não permite mais isso, então, hoje existe padres, existem freiras, existem cristãos leigos que se aproximam do candomblé para entender, é uma maneira de dizer: Perdoe-me pelo que fizemos no passado. Mas, de certa forma estão reconhecendo.
A Universidade Católica mesmo, todo mês tem um encontro de diversos sistemas religiosos para se mostrar quem é quem, sem se agredir, para se mostrar, para se aproximar, para acabar com isso. Se entendemos que Deus é um só, então porque essa diversidade? Então, se ela há, vamos nos respeitar, vamos nos reconhecer, vamos acabar com isso!
Cuca Livre: Qual a visão do Mundo Ideal para o adepto do Candomblé e como é possível a construção desse mundo?
Carmelo: Eu vou falar por mim, mas não deixo de estar neste contexto. Minha visão de mundo seria o compromisso que a gente tem com Olodumare de preservar a natureza, pois se agente acabar com ela, acabou o orixá, acabou todo mundo. Então, a natureza que nos foi dada e que nós reverenciamos, através dos orixás, as pessoas não entendem. O candomblé é uma homenagem à natureza, não é a demônio nem a nada disso. A partir daí, a compreensão de que o outro, de que a alteridade do outro é ímpar. Então, vamos respeitar as diferenças, vamos acabar com as guerras, com os conflitos. Isso seria o ideal, mas não estou dizendo que vai acontecer.
Gostaria de um mundo sem tantas diferenças sociais, sem essa distância entre rico e pobre, daí gera também o preconceito. A estratificação social, quem é das Ciências Humanas sabe disso, que foi a partir daí que começou a existir as diferenças.
Bate Bola
Cuca Livre: O mundo?
Carmelo: Não está muito interessante, como também nunca esteve na minha visão, mas poderá mudar com a participação de cada um de nós.
Cuca Livre: As pessoas?
Carmelo: As pessoas são o mundo. Então, quando respondi o mundo eu pensei nas pessoas.
Cuca Livre: uma tristeza?
Carmelo: A minha é não ser poliglota.
Cuca Livre: Uma Alegria?
Carmelo: Eita! São tantas! Uma delas é ser da minha religião que não deixo por nada.
Cuca Livre: Uma possibilidade
Carmelo: Fazer Doutorado em Arqueologia.
Cuca Livre: Uma Palavra?
Carmelo: Amizade
Cuca Livre: Uma Frase?
Carmelo: Todo brasileiro, sem exceção tenha consciência de que só é através da educação que nos libertamos.
Cuca Livre: Um sonho?
Carmelo: Ver meus irmãos negros e negras, eu não quero só ver por esse lado. Eu quero ver meus irmãos despossuídos um dia ter alguma coisa em suas vidas, ter ao menos o básico, porque ainda tem muita gente que não tem.
Um comentário:
Me chamo Maria Cláudia, sou animadora de grupo de jovens e por exigência do próprio grupo daqui de Campinas, ma pediam para debater sobre as religiões de origem africana e eu sempre titubeava e o máximo que eu abordava era o lado folclórico e cultural da coisa, como se dissesse que era preciso respeitar pra ser politicamente correto.Esse ano fui mais além e por sorte encontrei vocês com essa entrevista maravilhosa que só fez me esclarecer e mudar a visão puramente preconceituosa que eu tinha à respeito do tema.Depois que li as edições do mês li todas e divulguei no grupo.Gente parabéns sinceros para vocês! Prof. Kleber e Josias, meus grandes parabéns e votos de saúde e amizade para sempre, além de fortalecimentos duradouros na parceria e luta de vocês todos. Esclarecedora! perfeita!
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