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segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Vista de Um Ponoto

Liberdade na Juventude: Conquista possível ou Utopia?


No mundo atual se aclama o que julgamos por ser livre. Tudo e todos estão voltados para os jovens, porque somos o futuro da nação, somos a geração prometida, critica, sabemos e defendemos nossos direitos com garra e coragem, temos argumentos para todas as questões (que seja do nosso interesse, é claro!).

Os meios de comunicação cada vez mais, fazem atrativos para chamar nossa atenção. Produtos são lançados para melhorar nosso viver. Ah! Existem aquelas pessoas que são In ou Out (estão ou não na moda). Uma coisa que percebi foi que a escola se adaptou a nosso querer e até os nossos pais. Observando isso, um dia desses, lembrei das conversas com minhas tias na faixa etária de uns 40 à 45 anos, vejam o que pensei, acho que vão concordar: umas quatro décadas atrás, rapazes não podiam passar das 22:00 horas na rua, era lei; as moças sair sem serem acompanhadas dos pais era quase impossível, agora imaginem a possibilidade de chegar as 22:00 horas da noite?! Nunca aconteceria (não com as moças ditas de família). As relações pais e filhos eram misto de respeito e terror. Ninguém chamava o pai de você, pai era senhor, assim como se cumprimentava pedindo a benção e com um beijo na mão. Palavrão? Coisa de gente sem qualificação, de rua, marginal.

Às vezes alguns rapazes da época bebiam ou fumavam, mas isso já com seus vinte e poucos anos, maiores de idade, porém quando seus pais viam, levavam na boca mesmo. Exageros? Totalitarismo? Em parte sim, em parte não.

Pode parecer ridículo, mas havia nisso um ritual de civilização. Ainda que existisse antipatia, cumpria-se um protocolo de educação, de vivência e respeito por alguém que nos colocou no mundo, nos deu amor e sustento. No fundo, eles, os pais continuam com o cerimonial de desportismo trazido pela tradição, transmitindo o que tinha aprendido. O mundo andava devagar, e não tinha o porquê de quebrar com o estabelecido. Era uma camisa de força, um cerco apertado constituído de não, porém era bom? Sim, existia regras, temor pelos mais velhos e se aprendia muito com aquilo. Aprendia como driblar pela vida a fora, despistar, superar com capacidade, inteligência e esforço.

Atualmente, meninas de 12 anos sabem tudo sobre sexo, vão para festas, chegam de madrugada, abrem a porta porque tem a chave, conversam com professores assuntos que décadas atrás acarretaria em expulsão de alunos de 12 anos, de 18 anos. Contestam os pais, escutam música no último volume, namoram, ficam, telefonam sem parar, bebem, fumam.

Os jovens de antigamente tinham angústias simples, menos existenciais. E bem definidos, doíam do mesmo modo. Havia aquela intolerância, contra a qual lutavam, mas o maior problema era o que queriam e o que iriam ser no futuro.

Na permissividade atual, neste século do sim, essas angustias se complicam extremamente para os adolescentes e jovens. São abstratas, metafísicas, sem soluções, porque indefinidas e frágeis.

A juventude vivendo em meio a violência e caos, são super protegidos, defendidos e confundem muitas vezes liberdade com permissividade. Romperam-se os limites e eles desconhecem o não que poderiam torná-los mas lutadores e preparados para a vida.

Antes os jovens se achavam presos, incompreendidos, hoje eles se acham abandonados no mundo e talvez a causa desse sentimento seja justamente essa permissividade total que deteriorou as relações humanas. Uma geração teve o não, a outra teve o sim. Somos felizes? Bem, isso é complexo e por mais que tenhamos pelo que lutar, nessa fase nunca estaremos satisfeitos.

Aline Cavalcanti

E-mail: aline_cti@hotmail.com

Estudante

Um comentário:

Sev lider de matilha disse...

Lendo esta matéria, e por sinal autêntica para nossos dias.
Percebo que temos dois panoramas.
Primeiro, de uma liberdade evolutiva, uma libardade que preenche todas nossas anciedades e nessecidades, porém com responsabilidade e respeito por tudo e por todos( O OBVIO).

Segundo: A libertinágem, uma espécie de liberdade imaginária, criada a partir do eu de cada pessoa,movida apenas por um unico critério.Eu sou livre ,eu posso, eu faço.
Eis a razão da violência,dos comflitos étnicos.
Saimos do que chamavamos de opressão, conquistamos a liberdade,
mas o que era errado naquela época, comtinua sendo errado hoje, da mesma maneira, é o certo. O que mudou foi o tempo em que recebemos as informações, e as conseqúencias com que temos que tomar decisões. A evolução nos arrasta, e cada vez mais sedo o jovem tem que se adaptar a evolução.Mas os conseitos de certo e errado continuam lá.
Ao meu ver,Falta dialogo, integração social para um todo, o comprometimento com a felicidade do proximo. E assim banirmos a violência.