Sejam Bem vindos

Caros amigos sejam bem vindos ao Blog Cuca Livre Um Jeito Diferente de Pensar. Aqui você pode ler, refletir, através do senso crítico opinar e também expor suas idéias.

A Direção Cuca Livre agradece sua visita ao blog!

sábado, 28 de julho de 2007

Vista De Um Ponto


Mulher responsável pelo lar


É muito comum a mulher acordar cedo, deixar os afazeres domésticos quase em ordem, levar os filhos para a escola e seguir para o trabalho fora do lar. Trabalho este é muito importante para o complemento do orçamento doméstico, compartilhando-o com o companheiro ou, na maioria das vezes, ficando na sua total responsabilidade. Mas, como chegou a essa situação? Vamos lá no passado resgatar um pouco esse contexto.
Desde os tempos mais remotos, era da atribuição da mulher os cuidados das crianças e da casa, enquanto para os homens competiam os serviços da caça e da pesca, ou seja, para estes, atividades fora do lar, trazendo assim todo o sustento, surgindo de fato a divisão de tarefas. Enquanto isto as mulheres estavam impedidas das atividades fora de casa, um papel totalmente limitado.
A mulher não podia trabalhar fora, nem muito menos ganhar dinheiro, só o marido tinha a função exclusiva de ser o mantenedor do lar. No entanto, é com a Revolução Industrial que aos poucos a mulher dá os primeiros passos para fora do lar, trabalhando como mão de obra muito barata. Porém, foi com a 1ª e 2ª Grande Guerra, o momento em que o sexo feminino sentiu a necessidade de seguir em frente. Pois, em virtude das conseqüências – homens mutilados, mortos e número reduzido de homens nas fábricas – deixadas com o final das guerras a mulher assume o papel dos homens no próprio lar e fora de casa. Assim, elas passaram a ocupar o espaço público, enfrentando os julgamentos que surgiam devido a sua ausência fora de casa.
A presença da mulher cada vez mais fora de casa, torna-se uma constante, pois, mostra que a formação da nova sociedade, empurra o homem para o lar e leva a mulher para o serviço público. Claro que isto, como percebemos, é fruto de um sistema excludente e de marginalização. Pois, a mulher no mercado de trabalho recebe bem menos que os homens, muitas vezes exercendo a mesma função. Apesar de que a maioria vem ampliando a sua escolaridade, para assim se manter no mercado e, por sua vez, o homem perde espaço, devido a baixa escolaridade, ou muitas vezes por ter optado por uma carreira profissional que na atualidade não tem o mesmo espaço que antes. Isto nos remete a uma reflexão que nos leva a compreender que pessoas que antes pensavam em exercer determinada função, hoje buscam fazer cursos oportunizando exercê-la, devido a espaços que se ampliam.
Atualmente no Brasil de quatro domicílios domésticos um é chefiado pela mulher, sendo Porto Alegre, a capital do país, líder de mulheres responsáveis pelos lares com 38,2% (IBGE, 2000). Nesta contemporaneidade, percebemos que além de conciliar os afazeres domésticos e cuidar da família a mulher é responsável por uma dupla jornada. Também a nível local a responsabilidade do lar pela mulher é muito perceptível, isto é resultado de vários fatores ocorrendo na sociedade como: necessidade econômica, oportunidades bem como, também alterações demográficas, culturais e sociais.
Com esta necessidade de melhorar a renda familiar, a mulher contemporânea executa novos papéis, tendo em vista a luta pela sua emancipação e inclusão em todos os níveis, assim contribui para uma nova mentalidade no processo de construção social, como protagonista dele fazendo-se necessário uma nova visão de trabalho, de atribuições de homem, de mulher e de família.

Zilma Maria
Professora de Geografia e Presidente do SINSERV
zilma_prof@hotmail.com

Um comentário:

Sev lider de matilha disse...

A inclusão da mulher no mercado de trablho deve-se a capacidade que ela tem em exercer qualquer função fora do lar, não existe uma termológia para tal.Fato é,competência para aquilo que se propõe.
Quanto a perda de campo de atuação,isso não se dá por escolha de atividade e sim pe-lo comodismo que muitos se entregaram por pensar que eram absolutos, esquecendo assim de se aprimorarém.
Todos os campos continuam abertos,mas só quem acompanhou a evolução dos tempos pode continuar fazendo o que gosta e o que escolheu como profissão. Hoje nemhuma função está baseada no eu sei e sim no dinâmismo. No passado as limitações das mulheres estavam baseadas em um machissimo ridiculo e não por avaliação lógica de seus valores e competência, a verdade é sempre faram competentes.