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sábado, 28 de julho de 2007

Vento e Raiz


Uma Cidade do Interior


Um grupo de pessoas passa a se reunir em um local para conversar ou fazer negócios. Logo fazem suas casas, uma capelinha onde padre começa a celebrar uma missa por mês, e aquele lugar, antes um ponto de encontro para trocas ou bate papo torna-se uma cidade.
Assim começa e aos poucos vai crescendo. Uma família vai se formando, aquela menina da fazenda cresce, aparece um jovem, mais um viajante e namora a menina moça, e quando se ver aquele lugar já tem varias casas de primos, sobrinhos e conhecidos. Como um grande clã.
Embaixo de uma árvore, na zona da mata – Pernambuco, nasce uma cidade do interior, São Vicente Férrer, antes Vila de Manoel Borba. Lugar onde morei, especificamente no sítio Mata Velha, da propriedade de Dona França Leitão.
Na década de 60 a nossa maior alegria era vir a festa que sempre no dia 02 de fevereiro, era a festa da cidade. Todos se reuniam de roupas novas, cada um tinha um dinheirinho que juntara por meses só para esse evento. Chegávamos na cidade logo cedo, trazíamos roupas novas para serem trocadas. À tarde, sempre tinha uma casa que nos acolhia, e de parente, às vezes de muitos amigos que a família Leitão tinha. Trocávamos de roupa e ao cair da tarde caminhávamos para a igreja de onde saía a procissão da santa homenageada, Nossa Senhora do Rosário. No percurso víamos as barraquinhas já com seu vendedores de queijo, rapadura, cachorro quente, ponche (sucos), o parque de diversões sem falar no carrossel do Sr. Né Mendes, na linha de canoas do Sr. Antonio Neves e ainda tinha a roda postada inclinada que era a onda. Oh! Que saudades! Saudades que não volta esse tempo de outrora.
Comprávamos uns bombons chamados afinins, que eram uns tubos de papel em formato de funil de todos os tamanhos e continham umas balinhas de açúcar muito gostosas. Além dos balões de gás que raramente chegava em casa e já estourava no caminho. Era só alegria, mas como para toda criança no melhor da festa era hora de ir para casa, 22:00horas tínhamos que partir para o sítio, o qual ficava à dez quilômetros. Subíamos pela Ladeira dos Pregos uma grande elevação levando quase uma hora para concluir aquele percurso. E ouvindo de longe, as músicas de Waldik Soriano (como: querida, por favor, leve essa carta vai dizer pra aquela ingrata...) tocadas nos alto-falantes.
Assim era nossa festa de dois de fevereiro numa cidade do interior até chegar em nossa casa, era uma viagem de três horas andando a pé no escuro ou acompanhado pela lua, que até hoje quando a vejo alta e brilhante, lembro dos doces momentos que vivi na minha cidade; Cidade do Interior.
Texto escrito por: Pastor Fernando Maior da Igreja Assembléia de Deus – Nilópolis – RJ

Um comentário:

Sev lider de matilha disse...

Vocês acreditam em amor a primeira vista?
Em 1990 Visitei esta cidade pe-la primeira vez.
Como paisagista, me encantei com o clima, Pensei comigo tenho que morar nesta cidade, Não deu outra,três anos mas tarde eu estava sendo convidado pe-lo então prefeito da cidade Para compor o quadro funcional do municipío, no princípio exitei, mas logo aceitei,e como diz o pró-verbio popular me mudei de mala e cúia e não demorou muito para que eu me tornasse um cidadão vicentino, e finquei minhas raizes neste solo, desde então esta cidade foi chamada de minha terra natal. E acreditém,minha paixão está cada vez maior, esta sem duvida serar minha namorada eterna, o povo, a cultura,a pespectiva dos jovenes.Obvio que não é uma cidade perfeita mas tem muito valor se olharmos com os olhos de raio x, ela é que todo mundo deseja,Amo São Vicente. Saudades. Quem quizer responder pode mandar e-mail para: sevpereira@gmail.com, ficarei grato e responderei a todos.