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segunda-feira, 4 de junho de 2007

Brasil Mostra tua Cara

Quando a Raposa Sai da Toca

Pudemos assistir recentemente a visita do ilustríssimo Presidente dos Estado Unidos George W. Busch ao Brasil. A mídia sensacionalista e elitista veiculou como sempre de forma bastante festiva essa chegada do grande cultor da Hegemonia americana ao país do carnaval. Os veículos de comunicação, só mostraram mais os salamaleques cerimoniais do “Itamaratizão” como dizia Darcy Ribeiro, mais não se discutiu os bastidores dessa visita e o povão que não foram convidados pra essa festa pobre ficaram do lado de fora como sempre sem saber o porquê dessa festa no AP.

A pauta da visita não podia ser diferente: a busca de uma estratégia para desenvolver e comercializar conjuntamente uma fonte de energia alternativa ao petróleo, ou seja, o tão comentado Biodiesel.

Trocando em miúdos o que são esses tais de biodieseis? – São combustíveis vegetais, renováveis e limpos do ponto de vista ambiental, de natureza química, que substituem os combustíveis derivados do petróleo e que podem ser obtidos a partir da energia solar, por meio da fotossíntese das plantas. Bem, no Brasil já se produz há muito tempo o etanol (álcool) de cana de açúcar por metade do custo do álcool obtido do milho nos Estados Unidos e a um terço dos custos na Europa obtidos de beterraba.

Pois bem, sabemos que atualmente, a questão energética, tecnológica e ecológica, são o centro do poder mundial no séc. XXI e que os combustíveis fosseis (Petróleo) a cada dia escasseiam mais por que são finitos, levam bilhões de anos para se formarem e hoje as escassez de petróleo no mundo é a principal causa das guerras e intervenções norte-americanas no Oriente Médio, região que detém 80% do petróleo restante no planeta, e com os dias contados. Onde há petróleo (combustível do passado) os E.U.A invadem e se apropriam com sua capacidade Holiwoodiana de matar.

A visita já fica alarmante quando olhada pela via desses pormenores. Para saber que esse encontro entre os governos do Brasil e E.U.A, foi nocivo para nós, basta olhar o passado e ver que desde a Doutrina Monroe (A América para os Americanos, séc. XIX) que nunca conversamos em pé de igualdade com eles; não foi nem preciso ver pela TV políticos do Pefelê ou tucanos a beijar o anel da mão de Busch para perceber que essa visita só nos trazia desvantagens.

O Brasil por ser um país “Tropical abençoado por Deus e bonito por natureza” possui muitos sol e água, elementos essenciais, para fazer a terra brotar as plantas que produzirão o biodiesel, deferente dos E.U.A território frio e temperado impossibilitados de cultivar cana de açúcar, mandioca ou mamonas.

Há tempos atrás já se buscou a produção de energia por outros caminhos fora do petróleo (a alternativa da energia nuclear, muito cara e perigosa, quem não lembra da guerra fria?) e isso não é viável para os americanos tendo em vista o perigo terrorista, “os irmãos do norte” não são bobos, eles sabem que quem com muitas pedras bolem...

Surge agora no mundo o que podemos chamar de novo colonialismo energético, o que para os E.U.A é muito mas interessante, depois de nos dominar, expandir os latifúndios produtores das sagradas plantas da energia. Para uma nação tão poderosa economicamente, como é o caso da norte-americana, comprar nosso território é algo tão fácil como estalar os dedos. O saqueio do território brasileiro é simples para as multinacionais como a General Motors, Nascar, GM, Indy que estão todas excitadíssimas para tacar a mão no etanol dos trópicos, como também o nababo Bill Gates, com sua Ethanol Pacific, na Califórnia, está afim de comprar as terras de Mato Grosso e Goiás. Compradas as terras do país, o latifúndio está consolidado, e só produzirá a miséria dos pequenos proprietários e dos camponeses, até porque com o avanço tecnológico de hoje e principalmente dos americanos, as maquinas pouparão a mão-de-obra. A população sobrante, sem emprego só incharão as cidades provocando a miséria e a criminalidade. Desenvolveremos no Brasil o progresso dos outros.

No passado, as colônias estavam interessadas na multiplicação dos escravos e da mão-de-obra, hoje a palavra de ordem é a contenção da natalidade. Os gringos estão só interessados no sol e na água dos trópicos, mais não estão nem aí para existência do povo brasileiro. A estratégia do imperialismo norte-americanos é paparicar por enquanto o Brasil de Lula como uma colônia dócil e mimada, que quer dar as costas para a América Latina que a algum tempo tomou a posição esquerda-volver. O pior é que o Brasil diferente dos outros irmãos latino-americanos, não conseguiu desenvolver no seu povo um sentimento nativista, nacionalista e de auto-estima em sê-lo, e isso hoje ainda está mais longe de se construir, estamos na era da globalização ou melhor, da “globocolonização” a imposição cultural que deixa no pessoal da periferia de quatro diante dos E.U.A e não resistem porque o pensamento reinante é: “é impossível lutar contra os caras, eles são foda na guerra”, mais que guerra é essa que até agora o compadre Busch passeia aqui numa boa e ainda toma caipirinha.

Triste papel o do Brasil na América Latina, gigante bobão, dando as costas para os irmãos latinos , sonhando entrar no clube dos ricos.

Escrito por: Kleber Henrique

E-mail: prof_kleber_henrique@hotmail.com

P.S: uma semana após de ter escrito esse artigo, em conversa com a esposa de um rico executivo fiquei sabendo que 4 das maiores usinas de açúcar de Pernambuco, com uma quantidade fenomenal de terras foram vendidas a 4 empresas americanas. Esses acordos foram feitos por debaixo dos panos. Não poderei revelar o nome dos grupos envolvidos nesses acordos, tendo em vista não comprometer o emprego desse executivo.


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