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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Pensar é Causar!

São Vicente Férrer: a puta que me pariu.


Já pensei em lhe largar, entregar os pontos. Permitir que sigas a tua própria sorte.

Que os claros buracos se unam à incompetência, ao descaso e aos oportunismos variados.

Mas, sempre tremo. Principalmente quando vejo tuas pobres crianças sendo vítimas de um prazer que as presenteia com dor.

Elas surgem aos montes e elas produzem outros montes.

O cenário se constrói todos os dias ao cair da tarde.

Quando tudo escurece e a população vai se enclausurar nos seus leitos para beber da sabedoria das novelas da Rede Globo.

Suas vestes, o uso do português errado denuncia as jovens fêmeas em tempo de puberdade.

São braços finos, dentes estragados, roupas aos fiapos que se multiplica em uma velocidade que se pode acompanhar.

Nas margens da PE-89, no pátio da Ceasa, a Praça Pedro Pereira Guedes ou onde haja seres dispostos a se aproveitar, elas aparecem.

O tempo, o maior agente transformador, fornece provas reais do grave problema que se alastra na cidade onde o santo padroeiro recebe mais atenção do que a espécie humana em situação de cuidados.

Os discursos são aplainados a cada nova inauguração de um monte de pedras, areia, cal e cimento.

A atenção aos problemas dos oprimidos são facilmente esquecidos por conta da manipulação barata de um montante de locutores semi-analfabetos e sentenciados a fornecer distração em troca dos problemas que sempre voltam após o término dos festivais de “besteirol coletivo”.

O que se vê é o que não se pode comentar. Os setores que representam à lei encontram-se na inércia do trabalho, amordaçados em seus abstratismos que são desfeitos pelos problemas sociais.

A educação continua reproduzindo modelos adequados às exigências do sistema mágico, encantador e que transforma tudo em uma grande reunião de alienados conscientes.

A economia dá seus últimos suspiros de existência. O fim está próximo. Pode-se ver isso da privada de sua casa.

A religião oferece inconformismo, mas, busca transformação pela espera que nunca chega. Espera que um ser de outro planeta venha fazer o que eles não têm coragem de fazer.

Acho que não vou mudar, esse caso não tem solução.

Não quero ser profeta vestido de menino. Nem que a calma me perturbe a ânsia quando o assunto for justiça social.

Que música seria ideal pra esse momento? Quem conseguiria unir os elos que jamais foram ajuntados?

Me sinto traído dentro de meus pensamentos que se confrontam e se misturam em uma composição magnífica, constituindo uma grande mão. Isso! Vejo várias mãos agora se direcionando rumo à mudança que fará da minha “puta fictícia” uma personagem redimida pela escolha, pela coragem, rompimento com a subserviência programada.

Sinto novos ares, novos rumos. É mais uma mente que se abre, que brilha.

Somos nós mesmos fazendo as nossas escolhas.

Escrito por: Daniel Ferreira

Professor de História e especialista em História do Nordeste.

E-mail: prof_daniel.ad@hotmail.com

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